quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Balanço Brasil 2009






BALANÇO BRASIL 2009

O ex-presidente FHC mandou um recado esta semana pela televisão ao Senhor
Lula da Silva para que trabalhasse mais, mentisse menos e não pensasse em
terceiro mandato. Com base em dados publicados pela imprensa, tomo a
liberdade de fazer um pequeno balanço comparativo dos oito anos do governo
FHC com os sete anos do governo LULA. Balanços comparativos são previstos na
Lei das Sociedades Anônimas (art. 176):

DADOS DO GOVERNO FHC X DADOS DO GOVERNO LULA

RISCO BRASIL
FHC - 2.700 PONTOS
LULA - 200 PONTOS

SALÁRIO MÍNIMO
FHC - 78 DÓLARES
LULA - 280 DÓLARES (janeiro 2010)

DÓLAR
FHC - R$ 3,00
LULA - R$ 1,78 (dezembro 2009)

DIVIDA FMI
FHC - Triplicou
LULA - PAGOU

INDUSTRIA NAVAL
FHC - NÃO MEXEU
LULA - RECONSTRUIU

UNIVERSIDADES NOVAS
FHC - NENHUMA
LULA - 10

EXTENSÕES UNIVERSITÁRIAS
FHC - NENHUMA
LULA - 45

ESCOLAS TÉCNICAS
FHC - NENHUMA
LULA - 214

VALORES E RESERVAS DO TESOURO NACIONAL
FHC - 185 BILHÕES DE DÓLARES NEGATIVOS
LULA - 230 bilhões de dólares

CRÉDITOS PARA O POVO - PIB
FHC - 14%
LULA - 34%

ESTRADAS DE FERRO
FHC - NENHUMA
LULA - 03 (EM ANDAMENTO)

ESTRADAS RODOVIÁRIAS
FHC - 90% DANIFICADAS
LULA - 30% RECUPERADAS

INDUSTRIA AUTOMOBILIÍSTICA
FHC - EM BAIXA 20%
LULA - EM ALTA 30%

CRISES INTERNACIONAIS
FHC - 04 ARRASANDO O PAÍS
LULA - NENHUMA PELAS RESERVAS ACUMULADAS

CÂMBIO FIXO:
FHC - ESTOURANDO O TESOURO NACIONAL
LULA - FLUTUTANTE: COM LIGEIRAS INTERVENÇÕES DO BANCO CENTRAL

TAXA DE JUROS SELIC
FHC - 27%
LULA - 8,75%

MOBILIDADE SOCIAL
FHC - 2 MILHÕES DE PESSOAS SAÍRAM DA LINHA DE POBREZA
LULA - 23 MILHÕES DE PESSOAS SAÍRAM DA LINHA DE POBREZA

EMPREGOS
FHC - 780 MIL EMPREGOS
LULA - 11 MILHÕES DE EMPREGOS

INVESTIMENTOS EM INFRAESTRURA
FHC - NENHUM
LULA - 504 BILHÕES DE REAIS PREVISTOS ATÉ 2010

POLICIA FEDERAL
FHC - 80 PRISÕES
LULA - Mais de cinco mil prisões

ROMBO NO ESTADO BRASILEIRO
FHC - 30 BILHÕES (ou mais) NAS PRIVATIZAÇÕES
LULA - Nenhum

MERCADO INTERNACIONAL
FHC - SEM CRÉDITO PARA COMPRAR UMA CAIXA DE FÓSFORO
LULA - INVESTIMENT GREAT

ECONOMIA INTERNA
FHC - ESTAGNAÇÃO TOTAL COM DESINFLAÇÃO INERCIAL
LULA - INCLUSÃO DE CONSUMIDORES E SURGIMENTO DE INVESTIDORES

REFORMAS POLITICA, ADMINISTRATIVA, TRIBUTÁRIA
FHC - NENHUMA
LULA - NENHUMA

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O país do futebol


 
 
 
 
Nesta época em que quase nada acontece de realmente importante, a mídia continua necessitando preencher seus espaços. Qualquer coisa serve, até pelada de ex-jogadores de futebol.

Leio que o Time do Zico enfrentou os Amigos do Zico, em pleno Maracanã (!). O jogo terminou em 5x5 e o ex-Galinho de Quintino foi o artilheiro, com três gols, apesar dos seus 56 anos bem vividos.

Não dá pra saber se marcou mesmo esses tentos ou deixaram que os marcasse.

Quando Garrincha, acabado e gordo, atravessava terríveis dificuldades financeiras, armaram uma partida em sua homenagem, para prover-lhe uma graninha. Foi em 1973.

O grande Mané, um dos mais desconcertantes craques que o futebol brasileiro já produziu, dava até pena. Tropeçando nas pernas, foi incapaz de fazer o gol que os zagueiros adversários facilitavam até dar na vista.

Os cariocas, que compareceram em massa para se despedir do ídolo, não viram canto do cisne, só melancólica decadência. Mesmo assim aplaudiram sem parar, como bons brasileiros cordiais.

Mas, voltemos ao Zico.

Embora acompanhasse o futebol desde menino, tive poucas oportunidades de escrever sobre meu esporte favorito no batente diário de jornalista.

Uma vez foi às vésperas do Mundial de 1990. Fiz, para revistas de variedades, uma matéria com veteranos de Copas passadas dando seus testemunhos.

O trabalho foi facilitado pela participação de dois dos entrevistados na Seleção de Masters do Luciano do Valle. Então, numa manhã de domingo, consegui falar com o Zico e o Rivelino, que estavam hospedados com a delegação no hotel Transamérica (SP).

O galinho tomava sol à beira da piscina, com seu filho de uns oito anos. Causou-me ótima impressão.

Depois de tanto entrevistar políticos, artistas, personalidades e celebridades, era uma lufada de ar fresco falar com quem não mostrava empenho em me manipular, respondia com sinceridade, não esticava o papo nem me puxava o saco.

[O mais repulsivo entrevistado com quem me deparei foi o sindicalista Antonio Rogério Magri, ainda antes que se tornasse ministro do Trabalho do Collor. Ele fizera um curso de relações públicas nos EUA e o seguia à risca. Assim que me viu, garantiu ter certeza de já nos havermos cruzado antes. Só que eu também tinha certeza... de que nunca o vira mais gordo!]

Faz muito tempo e eu só me lembro do que o Zico me contou sobre a fatídica derrota na disputa em pênaltis com a França, no Mundial anterior.

Depois de haver desperdiçado uma penalidade máxima durante a partida, ele aceitou a responsabilidade de ser um dos cinco brasileiros que decidiriam a vaga. E não negou fogo. "Tive moral para dar a volta por cima e cumprir o meu papel", comentou.

Mas, indaguei, por que a última cobrança ficou para o zagueiro Júlio César (que chutou na trave) e não para um atacante, especialista no ofício?

O Zico confessou que havia um atacante escalado, mas "pipocou na hora H". Dignamente, não quis dar nome aos bois. [Por exclusão, seria o Careca...]

O PRÍNCIPE E O PLEBEU

Quanto ao que eu conversei dessa vez com o Rivelino, esqueci completamente. Mas, a ele eu já havia entrevistado antes, para a revista Playmen (projeto fracassado de revista masculina chique feita por editora pobre). E este, sim, foi um trabalho inesquecível.

Era lá por 1980 e ele estava em férias no Brasil, depois de duas temporadas no El Helai, da Arábia Saudita. Conversamos longamente no seu posto de gasolina do Brooklin (SP).

Falou muita coisa sobre a vida naquela país exótico:
  • que podia deixar o carrão aberto e com a chave no contato, pois ninguém roubava (se o fizesse, teria as mãos decepadas...);
  • que não podia receber fitas VHS dos filmes escandalosos da época, mas os assistia... com o próprio príncipe, a quem a restrição, claro, não atingia;
  • que era uma vida das mais tediosas e, vez por outra, os jogadores brasileiros armavam uma feijoada para espairecer, com caipirinha e tudo (mas, ai deles se consumissem álcool em público!).
Saí de lá com a impressão de que ele não aguentava mais o sufocante moralismo medieval. Ainda não se decidira a atravessar o Rubicão, mas parecia um condenado pesando os prós e contras de voltar para a prisão, após o Natal com a família.

Dito e feito. Duas semanas depois, recusou-se a cumprir até o fim seu contrato.

O príncipe, altaneiro e rancoroso, não exigiu compensação financeira nem aceitou propostas de clubes brasileiros por seu passe. Decretou apenas que o Rivelino, então com 35 anos, nunca mais jogaria futebol profissionalmente.

Vai daí que só lhe acabaria restando, como tardio prêmio de consolação, a trupe do Luciano do Valle.

A MAIOR LIÇÃO DO DOUTOR

Quanto ao jogador que eu mais gostaria de haver entrevistado, nunca rolou: o Sócrates.

Tão inteligente quanto ele nos gramados, só mesmo o Johan Cruyff holandês. E eu tenho especial admiração pelos maestros que ditam o ritmo e pensam pela equipe inteira.

Além dos três títulos estaduais a que conduziu o Corinthians (em 1983, principalmente, carregou o time nas costas) e da autoria de algumas das jogadas mais belas que vi na vida, deve-se ao Sócrates a incrível iniciativa de unir o grupo para a tomada de decisões que afetavam seus interesses, contrapondo-se à obtusidade dos cartolas. A democracia corinthiana foi uma experiência belíssima.

E, nesse esporte tão distorcido pela ganância extremada que passou a imperar nas últimas décadas, até um Adriano merece ser aclamado por trocar o vil metal pela satisfação de morar no Rio de Janeiro, fevereiro e março, que continua lindo e tem um povo caloroso como nenhum.

Maior ainda foi Sócrates, que se comprometeu publicamente (meninos, eu vi!), diante de um milhão de manifestantes das diretas-já, no Vale do Anhangabaú: "Se a Emenda Dante de Oliveira for aprovada, eu recusarei a proposta da Fiorentina. Ficarei para dar minha contribuição pessoal à redemocratização do Brasil!".

Nem de longe um magnata futebolístico, ele estava disposto a abrir mão de uma grana imensa em nome de suas convicções.

Mas, parlamentares canalhas ficaram insensíveis à vontade do povo.

texto: Celso Lungaretti
postado em Náufrago da Utopia

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O Nobel da paz.

O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, recebeu o Nobel da paz enfatizando que a guerra é necessária para se chegar a paz. Citou o exemplo de Hitler que só foi deposto pelas armas. Mas esqueceu de dizer que os comunistas lutaram contra o nazismo desde o início, enquanto os Estados Unidos só entraram na guerra quando seus interesses foram ameaçados. Com este discurso, de que a guerra é necessária para se chegar a paz, ele justifica as ações de Mahmoud Ahmadinejad , que está se armando com fins pacíficos. Isso mostra que os Estados Unidos só respeita a força das armas.
Outra contradição é o premio Nobel ser entregue a um representante de um país que acabou de reconhecer um golpe militar em Honduras, onde as eleições tiram do poder um inimigo estadunidense, pró Hugo Chaves, e colocaram um conservador aliado dos Estados Unidos.
O mesmo presidente que anunciou o envio de mais de 30.000 soldados ao Afeganistão. E que pretende abandonar o Iraque em um momento de aumento da violência no país, mostrando o lado covarde dos estadunidenses. Lembram do Vietnã?
Com base nos critérios utilizados este ano para indicar o Nobel e com base no discurso do eleito, Obama, eu indico para o ano que vem dois candidatos Ahmadinejad, eleito democraticamente e que acredita, como Obama, que com armas poderá manter a paz no seu país. E Hugo Chaves que não precisou de golpe militar para colocar um aliado no poder na Bolívia e quer ajudar Obama a pacificar a América do Sul, colocando mais soldados na fronteira com a Colombia, visto que Obama vai colocar soldados estadunidenses dentro da Colômbia.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Flamengo - Hexa Campeão

Hino Do Clube De Regatas Flamengo

Flamengo

Composição: Lamartine Babo

Uma vez flamengo,
Sempre flamengo.
Flamengo sempre, eu hei de ser.
É meu maior prazer vê-lo brilhar,
Seja na terra, seja no mar.
Vencer, vencer, vencer!
Uma vez flamengo,
Flamengo até, morrer!
Na regata, ele me mata,
Me maltrata, me arrebata.
Que emoção no coração!
Consagrado no gramado;
Sempre amado;
O mais cotado nos fla-flus é o 'ai, jesus!'
Eu teria um desgosto profundo,
Se faltasse o flamengo no mundo.
Ele vibra, ele é fibra,
Muita libra já pesou.
Flamengo até morrer eu sou!


Para desgosto daqueles que escolheram mal seu time do coração, o Mengão é mais uma vez campeão brasileiro!
Morra de inveja, vascaínos, tricolores e botafoguenses. Sem falar na corja de São Paulo...


Lançamento literário

Revoluções
de Michael Löwy (organizador)


Em um esforço inédito de compilação, Revoluções reúne os principais registros fotográficos dos processos revolucionários do final do século XIX até a segunda metade do século XX. O livro convida o leitor a percorrer a diversificada experiência das lutas populares por meio de imagens raras, como as fotografias da Comuna de Paris, e clássicas, como as de Lenin e Trotski na Rússia. Para Michael Löwy, organizador da obra, “a
s fotos de revoluções revelam ao olhar atento do observador uma qualidade mágica, ou profética, que as torna sempre atuais, sempre subversivas. Elas nos falam ao mesmo tempo do passado e de um futuro possível”.

Além da documentação iconográfica, os acontecimentos históricos são narrados por intelectuais como Gilbert Achcar, Rebecca Houzel, Enzo Traverso, Bernard Oudin, Pierre Rousset, Jeanette Habel e o próprio Löwy. São ensaios ágeis que, a partir de registros fotográficos, retratam a Comuna de Paris, as revoluções Mexicana (1910–1920), Russas (1905 e 1917), Alemã (1918–1919), Húngara (1919), Chinesas (1911 e 1949), Cubana (1953–1967) e a Guerra Civil Espanhola (1936).
A edição brasileira conta com um apêndice exclusivo, no qual Löwy faz uma reflexão sobre os momentos de resistência que marcaram a história do Brasil. O livro possui também um capítulo que passa em revista uma série de eventos transformadores dos últimos trinta anos: o Maio de 1968, a Revolução dos Cravos em Portugal (1974) e a Nicaraguense (1978–1979), a queda do Muro de Berlim (1989) e a sublevação zapatista de Chiapas (1994–1995).
A obra resgata, assim, a trajetória daqueles que viveram movimentos contra hegemônicos e de inspiração igualitária, aliando rostos de anônimos que protagonizaram as lutas de classe a registros de dirigentes eternizados pela história, como Vladimir Lenin, Felix Dzerjinski, Leon Trotski, Béla Kun, Emiliano Zapata, Pancho Villa, Che Guevara e Fidel Castro.
Nas palavras de Luiz Bernardo Pericás, que assina a orelha do livro, “sucesso de público e crítica tão logo foi lançado na França, em 2000, Revoluções teve sua primeira edição esgotada rapidamente. As imagens e os ensaios que compõem este volume tornam-se imprescindíveis para a compreensão de alguns dos episódios mais bonitos e emocionantes da história universal contemporânea”.
 

Textos e autores
A revolução fotografada
Michael Löwy

A Comuna de Paris, 1871
Gilbert Achcar

A Revolução Russa de 1905
Gilbert Achcar

A Revolução Russa de 1917
Rebecca Houzel e Enzo Traverso

A Revolução Húngara, 1919
Michael Löwy

A Revolução Alemã, 1918–1919
Enzo Traverso

A Revolução Mexicana, 1910–1920
Bernard Oudin

As Revoluções Chinesas, 1911 e 1949

Pierre Rousset

A Guerra Espanhola, 1936
Gilbert Achcar

A Revolução Cubana, 1953–1967
Janette Habel

A história não terminou
Michael Löwy

Apêndice à edição brasileira – Revoluções brasileiras?
Michael Löwy



Sobre o organizador
Nascido no Brasil, formado em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, o sociólogo Michael Löwy vive em Paris desde 1969. É diretor emérito de pesquisas do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS). Homenageado, em 1994, com a medalha de prata do CNRS em Ciências Sociais , é autor de A teoria da revolução no jovem Marx (Vozes, 2002), Walter Benjamin: aviso de incêndio (Boitempo, 2005) e Lucien Goldmann ou a dialética da totalidade (Boitempo, 2009), dentre outras publicações.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Editorial II

Por Rusinelson Ribas

Como temos dito, somos três pessoas que escrevem neste blog. Temos opniões divergentes entre nós, como todo grupo de amigos tem. Mas em quase tudo concordamos. A grosso modo, a maioria de nós (2/3) concorda que a grande mídia jornalística é facista e golpista; não sentimos saudade da ditadura e apoiamos as iniciativas de indenizar as famílias dos desaparecidos e torturados pela ditadura militar; apoiamos aqueles que lutaram (mesmo em arma em punho) contra os regimes facistas e sanguinários que imperaram nas décadas de 60, 70, 80... seja aqui, na Argentina ou na civilizada Europa; não concordamos com aqueles que acham os pobres culpados pela violência e criminalidade e para os quais a favela é lugar de bandido que merece morrer; não aceitamos a desculpa esfarrapada das autoridades de segurança que não conseguem acabar com a criminalidade porque a população usuária de droga contribui com o tráfico (bastava discrinalizar as drogas, legalizá-las e tratar a questão da droga como caso de saúde pública e não de justiça); podemos ser contra as cotas raciais (eu, Rusinelson, sou) mas não somos racistas e apoiamos as lutas e conquistas de todas as minorias (ou maiorias...) sejam negros, gays, ecologistas, usuários de drogas, deficientes, etc..; não concordamos que a política seja um campo de corrupção, temos esperança na democracia e na atuação política. O que nosso blog não se propõe e reproduzir as opniões tacanhas dos donos do poder (as vozes dos grandes noticiários) e seus papagaios! Não acreditamos na balela de que deva haver liberdade de expressão quando esta somente reproduz a expressão de quem tem poder (e dinheiro) para expressá-la! Isto é uma democracia, mas tentemos reproduzir aquilo que não é expressado pelos poderosos! Levantemos nossas vozes!
Escrevo este texto em resposta a um dos colaboradores (e idealizadores) deste blog. Ele escreveu um texto no qual expressa sua opnião (o que é válido) sobre Cesari Battisti. Respondi dizendo que não devemos reproduzir aquilo que grande mídia diz, pois Battisti lutou contra um governo facista e autoritário e sua luta era válida. Ele me respondeu, indignado, perguntando: "mas isso não é uma democracia?". Sim, é. Portanto, exorto os meus companheiros a partir de agora assinarem seus textos. Assim a voz terá dono.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Senhor, livrai-nos do Serra, amem!

"A coalizão demotucana já não tinha mais argumentos a contrapor na área econômica. Com Yeda no RS e as cenas protagonizadas por Arruda, em Brasília --ademais das minuciosas anotações de 'pagamentos' da Camargo Correa a expoentes da intimidade serrista em SP, derrete também o discurso do "modo demotucano de governar". Desprovida de projeto e fulminada na aliança política, o que resta à candidatura Serra? A destruição pessoal do adversário. Deflagrar um up-grade na veiculação do ódio elitista que já transborda em insultos fascistóides contra a figura do Presidente da República. Radicalizar o preconceito numa classe média semi-culta e semi-informada que lê Veja. Operar com a mentira pura e simples. A Folha já havia testado o método na falsificação da ficha do DOPS da ministra Dilma Rousseff. A nova investida editorial, dissimulada em ‘artigo’ de César Benjamin, covarde e desprovida dos cuidados jornalísticos na apuração prévia dos fatos, oficializa o padrão do ciclo que se inicia. O fecalismo político substitui a tinta de impressão nas páginas do jornal editado pela família Frias"

(Folha, uma credibilidade em ruína; Carta Maior, 30-11)

O PIG atca sem dó, a baixaria não pode parar

O Jornalismo irresponsável


por Luís Nassif

Watergate tinha dois repórteres espertos – Bob Woodward e Carl Bernstein – e um editor memorável – Ben Bradlee – que filtrava todas as informações e só permitia a publicação daquelas confirmadas por pelo menos três fontes. Até hoje Bradlee é um dos símbolos do bom jornalismo e exemplo para jornalistas de todas as partes do mundo. O caso Watergate foi citado pelo comentarista Ronaldo Bicalho e ressalta a importância da apuração jornalística.

O escândalo divulgado pela Folha na sexta-feira – um artigo de um dissidente do PT, César Benjamin – acusando Lula de ter currado um militante do MEP no período em que esteve preso no DOPS, é um dos mais deploráveis episódios da história da imprensa brasileira. E mostra a falta que fazem pessoas da envergadura de Bradlee.

***

Qualquer acusação, contra qualquer pessoa, exige discernimento, apuração. Quando o jornal publica uma acusação está avalizando-a.

Quando a acusação é gravíssima e atinge o Presidente da República – seja ele Sarney, Itamar, FHC ou Lula – o cuidado deve ser triplicado, porque aí não se trata apenas da pessoa mas da instituição. Qualquer acusação grave contra um Presidente repercute internacionalmente, afeta a imagem do país como um todo. Se for verdadeira, pau na máquina. Se for falsa, não há o que conserte os estragos produzidos pela falsificação.

***

A acusação é inverossímil.

Na sexta conversei com o delegado Armando Panichi Filho, um dos dois incumbidos de vigiar Lula na cadeia. Ele foi taxativo: não só não aconteceu como seria impossível que tivesse acontecido.

Lula estava na cela com duas ou três presos. A cela ficava em um corredor, com as demais celas. O que acontecesse em uma era facilmente percebida nas outras.

Havia plantão de carcereiros 24 horas por dia. E jornalistas acompanhando diariamente a prisão.

Não havia condições de nenhum fato estranho ter passado despercebido. Panichi jamais ouviu algo dos carcereiros, dos presos, dos jornalistas e do delegado Romeu Tuma, seu chefe.

***

Benjamin não diz que Lula cometeu o ato. Diz que ouviu o relato de Lula em 1994, em um encontro que manteve em Brasília com um marqueteiro americano, contratado pela campanha, mais o publicitário Paulo de Tarso Santos e outras testemunhas.

Conversei com Paulo de Tarso – que já fez campanha para FHC, Lula – que lembra do episódio do americano mas nega que qualquer assunto semelhante tivesse sido ventilado, mesmo a título de piada. E nem se recorda da presença de Benjamin no almoço.

***

E aí se chega à questão central: com tais dados, jamais Ben Bradlee teria permitido que semelhante acusação saísse no Washington Post.

Antes disso, colocaria repórteres para ouvir as tais testemunhas, checaria as informações com outras fontes, conversaria com testemunhas da prisão de Lula na época. Praticaria, enfim, o exercício do jornalismo com responsabilidade.

A Folha não seguiu cuidados comezinhos de bom jornalismo. Não apenas ela perde com o episódio, mas o jornalismo como um todo.

É importante que leitores entendam: isso não é jornalismo. É uma modalidade especial de deturpação da notícia que os verdadeiros jornalistas não endossam.
Nota do Viomundo: Este site insiste. Irresponsável é pouco. Irresponsável pode ser por descuido. Mas não foi. Houve protestos internos na Folha contra a publicação do artigo de César Benjamin. Qualquer estagiário sabe que uma grande empresa jornalística não publica acusações antes de ter certeza do que está fazendo, especialmente por causa de ações na Justiça. A Folha sabia o que estava fazendo. A Folha planejou a publicação. Quanto ao argumento do ombudsman Carlos Eduardo Lins da Silva de que não analisa artigos opinativos, como se coubesse qualquer coisa neles, a pergunta que se deve fazer é: e se um articulista da Folha escrevesse que o dono do jornal cheira cocaína, por exemplo, um óbvio absurdo? Sairia primeiro e seria apurado e desmentido depois?

Fonte: Vi o Mundo

Enquanto isso, no DEM...

Enquanto Arruda e sua corja roubam descaradamente em Brasília, a imprensa golpista tenta desviar a atenção para uma falsa notícia envolvendo o presidente Lula em um crime sexual. Sem provas, eles baseiam a acusação no depoimento de um "menino" (a vítima) sem apurar nada.
É incrível! Isso só mostra o que vem por aí na campanha do ano que vem. Baixaria não vai faltar!

Intrigueiros sem vergonha!

O folheiro, Benjamin, Dreyfus e a Cadeia

por Mauro Carrara


Muita gente inocente dormiu na cadeia. Uma dela foi o capitão Alfred Dreyfus.

Em 1894, o jovem oficial da artilharia francesa foi condenado à prisão perpétua. O motivo: a suposta revelação de segredos militares aos alemães.

Dreyfus era inocente. Dois anos depois, comprovou-se que o culpado era Ferdinand Esterhazy, um major do exército francês.

Mas Dreyfus continuou detido. Foi acusado novamente, com base em falsos documentos produzidos por um oficial da contra-inteligência, Hubert-Joseph Henry.

A campanha de calúnia tinha como um de seus principais líderes um jornalista, Edouard Drumont, publisher do La Libre Parole, uma publicação claramente identificada com o anti-semitismo.

Dreyfus contou, sobretudo, com a defesa apaixonada de Émile Zola, cujo artigo "J'accuse", no L'Aurore, foi fundamental para colocar às claras a farsa oficial reacionária.

Em 1906, depois de longa luta, Dreyfus foi reabilitado. Jamais foi indenizado pelos anos na cadeia.

Muitos criminosos, entretanto, jamais passaram perto do cárcere.

É o caso, por exemplo, do proprietário de jornal que, em São Paulo, colaborava com os torturadores e assassinos empregados pelo Regime Militar.

Esse elemento nunca dormiu num banco de concreto atrás das grades, nunca comeu feijão estragado, tampouco tomou sofreu em sessões de eletrochoque.

Impune, pôde educar seu herdeiro para a iniquidade.

Criou um lagarto de rasteiro caráter, invejoso e fraco, capaz de valer-se da calúnia e da difamação para atingir seus objetivos.

Esse dublê de jornalista, falso intelectual, despreza a lei e escarra nos mais básicos códigos de civilidade.

A acusação a Lula no episódio "estupro" agrega mais uma nódoa à ficha do empresário canalha da desinformação. O interesse? Derrubar a candidatura daquela que rotularam de terrorista.

A imprensa paulistana poderia citar oito verdades, ou não, por elegância:

- que o tal Benjamin não merece a confiança dos próprios parentes, tido como vil, traiçoeiro e dado a mentir por capricho;

- que o próprio publisher golpista assediava jovens rapagões no ambiente profissional;

- que a companheira ocasional do tal o ridicularizava entre as mesas da redação, apontando nele a psicopatia violenta e a ausência da virilidade;

- que a malta reacionária de "Óia" pratica todo tipo de perversão, a exemplo do capo que se diverte excentricamente nos hotéis engordurados do Centro paulista, e que carrega o trauma de um largo pepino resistente;

- que o augustíssimo articulista de "Óia", tão interessado no elogio a Benjamin, imita a Arno e aspira o pó nos banheiros das redações que dirige;

- que o major tucano carateca do golpe é o mesmo que aprecia "carnes novas" e livrou seu comparsa amazonense da CPI da Exploração do Menor;

- que um ex-presidente da República esconde seus rebentos por aí, em esquemas pagos pelos barões da mídia monopolista;

- que o tal repórter do niuiorquitaimes brincava lascivamente com jovens índias na Amazônia.

O fim de novembro poderia brindar o país com celas frias para quem realmente merece.

Uma sombria para o Edouard Drumont da Barão de Limeira, por exemplo.

Outra imperial ao canalha ressentido e desqualificado. Pois se dá a Cesar o que é de Cesar.

Mas o que esperar da suprema justiça? Lá no alto, pois, vale mais o mimo dantesco.

E o honesto Dreyfus, aqui, continuaria detido pelo resto da vida.



Publicado em: Boca no Trombone 2

Fonte: Vi o Mundo

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Eis que surge no interior de SP(Não soube o municipio.) um ex-catador de papel chamado Wagner Cruz que foi adotado por um cabeleleiro "titia" do tal municipio .O jovem, graças a "titia", já esta desfilando nas passarelas da vida e dando(sem piadinhas...)entrevistas  à jornais,revistas e TV só porque cismaram que ele é o novo Jesus Luz. Muito em breve na certa estará no SUPERBOSTA da Lu Gimenez, rede TV.Ora, se já tem o tal Jesus, Henri Cristo e agora o Cruz, porque não se começa e temporada da crucificação?????? Bom, a palavra "ÚNICO" ou "ÚNICA", para  o nosso uso, é muito limitada.Veja bem, Pelé é considerado até hoje único no futebol mundial.Frank Sinatra foi o único chamado de THE VOICE( A VOZ).Mas e a beleza ? Juliana Paes é bela mas Camila Pitanga, também.São belezas diferentes.Assim também a feiúra.Certo? Regina Casé é feia prá cacete mas Lêda Nagle é feia prá caralho!! A voz de Regina Casé enche o saco.Já a voz de Lêda Nagle estrangula qualquer par de testículos desavisados!! Se durante o Apocalipse, as duas aparecessem nuas, em meio à chamas, ao som de Caetano, cantando "Cucurucucu",certamente diria-mos:"Regina Casé...Que MERDA!! Lêda Nagle...Que BOSTA!! Me desculpe aqueles que possuem sonhos(???) eróticos com as duas amagedonas.Já foi noticiado, que o Ministério Público Federal, denunciou Maluf e Romeu Tuma por "ocultação de cadaveres", durante o regime militar.Maluf, diga-se de passagem, foi registrado no Guiness Book, como o mais antigo trombadinha paulista ainda em atividade.Já Romeu(nada romântico...)Tuma, uma observação detalhada, nos revela que ele na verdade, parece mais um cadáver que não foi oculto!!! E essa "novela" Cesare Battistti? Francamente,esse italianinho, não é problema nosso, não vale o custo das relações diplomatícas Brasil-Itália.O bandido que assalta e mata nas nossas esquinas, é criminoso hediondo.Já o bambino, paixão do Senador "Gadernal" Suplicy, é "guerrilheiro", "libertador dos oprimidos" e outras bobagens esquerdistas.Logo, vão achar que ele merece até ser "indenizado", claro,com apoio de um monte de ONG`s, que é a maior fonte de lucro do mundo globalizado.Diariamente, brasileiros e brasileiras,adultos e crianças, são vítimas desse estado de violência boçalizada da nossa realidade e nem Suplicy ou outro politico qualquer demonstrão "preocupação" com as VITÌMAS.Mas com o Cesare, que em duas de suas quatro vitímas, atirou pelas costas, Suplicy chega a ter chiliques, porque o bambino mortal está passando "privações".Francamente Senador, há muito, o senhor já demostra uma falta de senso do ridículo que chega  à ser preocupante.Até pode-se tentar entender, tanta tolice destrambelhada da parte do nobre senador, pois quem tem os filhos que elê tem, pode-se esperar qualquer merda!!Junto com o debochado Cesare, poderia ir juntos,várias e várias personalidades.Em breve vou enviar a minha lista para extradição.À começar pelos robóticos William Bonner & Fátima Bernardes.Quero mandar um abraço para o Marquês Ezio e sua Marquêsa Mirella.Agradecimentos ao Lorde Ribas e conto com você para caçar e liquidar várias "Itaipavas".Afinal, Natal e Ano-Novo, ninguém é de ferro(Só no clássico do Black Sabbath!).E viva Ticiana Vilas-Boas!Flávia Noronha!O Flamengo (chora Paulista!!)Beatles Forever!Até Mais.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Eduardo galeano


O trecho abaixo foi retirado do livro Mulheres, de Eduardo Galeano, o título é "a cultura do terror/4".

A extorsão,
o insulto,
a ameaça,
o cascudo,
a bofetada,
a surra,
o açoite,
o quarto escuro,
a ducha gelada,
o jejum obrigatório,
a comida obrigatória,
a proibição de sair,
a proibição de se dizer o que se pensa,
a proibição de fazer o que se sente,
e a humilhação pública
são alguns dos métodos de penitência e tortura
tradicionais na vida da família. Para castigo à desobediência
e exemplo de liberdade, a tradição familiar perpetua uma cultura do
terror que humilha a mulher, ensina  os filhos a mentir e contagia tudo com a peste do medo.
- Os direitos humanos deveriam começar em casa -comenta comigo, no Chile, Andrés Domínguez.

No dia seguinte que li esta parte do livro fiquei sabendo de uma mudança na lei que põe em risco a aplicação da lei Maria da Penha, permitindo que agressores dentro da família voltem a apenas pagar cestas básicas, e outras penas alternativas. Fiquem ligados.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tia Caetucana Veloso ataca novamente!

A cacuia volta a atacar o presidente da República. Dessa vez a bichona enrustida (nada contra as bichonas, mas tudo contra as enrustidas!) além de reafirmar sua sandice ainda reclamou de perseguição.  A bicha-velha, em tom de desabafo, reclamou que sempre foi mais criticado do que elogiado em sua "brilhante" carreira. Coitada!

Aliás, saiu um livro com as melhores entrevistas da Playboy. Entre elas, há uma do saudoso Henfil na qual afirma (falando sobre Wilson Simonal) que o mesmo foi perseguido como dedo duro, enquanto havia dedo-duros muito piores na MPB. Alguns ele até gostava bastante, mas que eram dedo-duros eram! E dos piores, eram enrustidos!  O pior deles, segundo Henfil, era nada menos do que Caetano Veloso! Quem se não o mesmo Caetucano Vergonhoso! O enrustido!

O Eixo do Mal passou...



A visita do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad ao Brasil virou mais um motivo de ataques ao governo. Como receber um chefe de Estado que nega o holocausto e tem seu programa nuclear em cheque, questionaram muitas vozes, geralmente as mesmas que também gostariam que o país rompesse relações com a Venezuela e Cuba.

As relações diplomáticas não se fazem com o fígado, e neste setor o Brasil deixou de ser um país periférico para assumir preponderância. As imagens que o mundo se acostumou a ver tendo os Estados Unidos como mediador de conflitos internacionais passaram a incluir também o Brasil. Deixamos de ser o país que tira os sapatos para entrar nos EUA para estarmos como protagonistas nos principais grupos de discussão política e econômica do mundo.

Nesse cenário, o Brasil foi convocado a atuar como mediador do histórico conflito do Oriente Médio. E seu papel é receber todos os atores em busca de uma solução negociada. O Irã é parte estratégica nesta negociação, seja pelo radicalismo de negar o holocausto, seja pelas ameaças que recebe do Ocidente. A política excludente desempenhada pelo governo anterior dos EUA só levou a guerras e a aumento do terrorismo. O Irã tem que ser incluído em qualquer debate sobre o Oriente Médio e foi isso que o governo brasileiro fez.

Lula não deixou de dizer que o Brasil defende a existência de Israel junto a um Estado palestino. Se Ahmadinejad sonha em varrer Israel do mapa terá que mudar de posição para chegar a algum consenso respaldado pela comunidade internacional. O mesmo foi dito ao presidente israelense Shimon Peres e ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que passaram antes por Brasília. Assim como defende a existência de Israel, o Brasil acredita que a solução do conflito passa pela criação de um estado palestino.

Outra questão importante é aplicar à sua política externa coerência. Se Lula recebeu o presidente de Israel, país que domina o ciclo nuclear e possui armas atômicas (ao menos 150 segundo o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter), por que não aceitar a visita do presidente iraniano, que não as possui. E mesmo que as venha possuir, dificilmente será na escala israelense e ocidental, o que o dissuadiria de qualquer pretensão alucinada.

A questão nuclear é extremamente complexa. Os países que possuem armas atômicas não querem que ninguém mais as desenvolva, mas são incapazes de destruir os seus arsenais. Assim como fizeram vista grossa quando outras nações, como Israel e Índia, por exemplo, entraram no seleto clube. Aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei.

Os protestos de judeus ofendidos pela visita de Ahmadinejad são compreensíveis. O pior foi a visão estreita de certos setores esclarecidos, que evocaram até a personificação do mal, assim como fez Bush há alguns anos ao se referir ao Irã, Iraque e Coréia do Norte. Lula, que já foi candidato ao eixo do mal, felizmente não deu ouvidos ao discurso limitado e conservador e levou adiante sua bem sucedida política externa, que incluiu o Brasil entre os líderes mundiais.

Mair Pena Neto, Direto da Redação

"Pai dos Pobres" provocou milagre econômico no Brasil

Leia essa matéria publicada na Alemanha!!!
Cortesia do P.I.G. Vá no link.

Que horror! Tem pobre comprando ar condicionado!!!!

Que horror! Os pobres estão consumindo!

O Globo publicou hoje, em tom de censura, que as medidas do governo diminuindo os impostos têm aumentado o consumo e fazendo desaparecer os produtos das prateleiras.
Esse jornaleco (e a sua irmã televisiva) não perde tempo e oportunidade de falar mal do governo Lula. Em vez de louvar o empremento na economia e a entrada de diversos estratos sociais no mercado, e criticar a indústria que não promoveu um planejamento adequado, eles reclamam como velhas resmunguentas.
E olha só o que está faltando! Ar condicionado, sorvete, ventilador...
Esses produtos faltariam de qualquer maneira, com ou sem incentivo!
Avisa ao O Globo que está sobrando calor.

Olha só um trecho:

RIO - A combinação de crédito farto e temperaturas elevadas fez com que diversos produtos sumissem das prateleiras. No Rio, já falta de ar-condicionado e ventilador a sorvete e refrigerantes, além de alguns modelos de automóveis. A indústria informa que, em alguns setores, está trabalhando na capacidade máxima e antecipando entregas que só seriam feitas em janeiro.

Comida de bêbado




Como permanecer acordado no pós-banquete
Marcelo Gigliotti
Comer uma feijoada e sair ileso, bem disposto e, sobretudo, pronto para qualquer atividade, é uma verdadeira arte. Se houver exagero, o pós-feijoada pode fazer com que a gravidade exerça uma força quase que sobrenatural sobre as pálpebras, levando a um estado de sono irreversível – embora delicioso.
– Para não capotar após a feijoada, a gente recomenda uma certa moderação. Nossa receita é optar por três pedaços de carne, como lombinho, carne seca e costela e um de linguiça. E o ideal é evitar os pedaços mais gordurosos – diz Leonardo Rangel, diretor da Academia da Cachaça, onde são servidas pelo menos 300 feijoadas entre a sexta-feira e o domingo.
Uma cachaça envelhecida com limão, além de abrir o apetite, ajuda na digestão, segundo Ana Beatriz Rezende, nutricionista da Academia da Cachaça. O limão na cachacinha, por conter vitamina C, facilita o trabalho do estômago e cia e ajuda a absorção do ferro. Assim como a laranja.
– A gente recomenda que a pessoa coma meia laranja junto com a feijoada. Além da couve, que também ajuda o organismo a processar a comida, por causa das fibras vegetais – diz Leonardo.
Seguindo – conseguindo seguir – estas orientações, a feijoada certamente dará uma sensação de saciedade e prazer inigualáveis.
Mas, por precaução, é bom deixar aquela poltrona confortável ou até mesmo o sofá da sala desocupado, para pelo menos uma rápida cochilada.

Davi X Golias

Golias = Imprensa Golpista (Veja, Folha de São Paulo, Rede Globo, etc)
Davi = "a minoria ruidosa"

Uma das consequências do Caso Battisti foi a crescente conscientização, por parte dos cidadãos com senso crítico e espírito de Justiça, de que os dois lados de uma questão não são mais encontrados nos veículos da grande imprensa: esta se restringe a trombetear o que serve aos interesses conservadores e reacionários, minimizando ou omitindo todo o resto, que acaba desaguando na Internet.

Então, enquanto os linchadores foram/são amplamente predominantes na mídia, o inverso ocorre na Web.

Mas há, claro, uma diferença: o rolo compressor da direita midiática mente, distorce e simplifica, bem à maneira recomendada por Goebbels, procurando fazer a cabeça de desinformados e desinteressados, capazes de se satisfazer com versões de um maniqueísmo grotesco:
  • Battisti é terrorista, pouco importando que tenha deposto as armas, nunca utilizadas, há mais de 30 anos;
  • assassinou quatro pessoas, pouco importando que uma dessas farsescas acusações já tenha sido implodida, obrigando os próprios acusadores a retificarem-na;
  • atentou contra uma democracia plena, pouco importando a imensidão de provas existentes no sentido de que a Itália torturava e aplicava leis caracteristicamente de exceção durante os anos de chumbo; e por aí vai.

Então, os que travamos a batalha pela conquista dos corações e mentes dos brasileiros não tivemos dificuldades para convencer, COM PROVAS IRREFUTÁVEIS E ANÁLISES CONSISTENTES, a maioria dos formadores virtuais de opinião, trazendo-os para nosso lado.

A quantidade continuou à mercê da desinformação programada da grande imprensa, mas a qualidade cerrou fileiras conosco e está sendo decisiva para nosso triunfo.

A Folha de S. Paulo nos qualifica como minoria ruidosa. Que palpite infeliz!

Trouxe à lembrança a conceituação de Richad Nixon, aquele presidente que dizia ter ao seu lado, apoiando a Guerra do Vietnã, a maioria silenciosa dos estadunidenses.

Só que foi a minoria esclarecida quem prevaleceu, arrancando a maior potência mundial do Sudeste Asiático, onde tentava impor, sanguinaria e arrogantemente, sua vontade a outras nações.

E é o que está novamente acontecendo, para desespero dos linchadores: o Caso Battisti marcha para uma vitória épica dos defensores dos direitos humanos e das tradições solidárias e compassivas do povo brasileiro, no maior dos enfrentamentos recentes com uma direita que nada mais tem de positivo para oferecer à sociedade, daí só levantar hoje bandeiras negativas, cruéis e rancorosas.

Não se enganem: por maior que seja seu poder de fogo, as Globos, Vejas e Folhas não conseguirão manter o povo eternamente bovinizado com suas pregações trogloditas.

Querem que os brasileiros nos resignemos à desigualdade e à exploração, ignoremos nossa força e nos consolemos com repulsivas catarses.

Mas, não é a sede de sangue que fala mais alto em nós, e sim a esperança. Então, os arautos do desalento e vingança, em médio ou longo prazo, perderão para os da felicidade e esperança.

Assim como os linchadores estão sendo flagorosamente derrotados no Caso Battisti, apesar da imensa disparidade de forças.

Golias está morto, viva Davi!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ao contrario de Elvis

Ficamos sabendo,que ao contrario de Elvis,morreu Celso Pitta.Enterrado com seu pijama comprado na 25 de Março, tendo apenas umas 30 pessoas (quem sabe credores inconsolaveis...) no sepultamento.Pitta, ficara precatóriamente, na alma e na memória de Nilcéia(a que amou demais...) sua ex-esposa e de sua viúva(que eu não sei o nome.) confirmando aquele velho provérbio chinês de Osasco/SP:"Amor de Pitta, seu Salim, onde bate, fica!".

sábado, 21 de novembro de 2009

Extra! Extra!

Morre Pitta, o preto sem consciência!

Morreu hoje, aos 63 anos, o ex-prefeito de São Paulo e sempre ladrão Celso Pitta.

Vamos ver se o Diabo o recebe no inferno... duvido muito.

Cotas de discórdia

Este texto foi enviado ao meu e-mail (rusinelson45@gmail.com) por um aluno do curso de Geografia da Uff. Não interessa seu nome, pois não concordo com as idéias dele. Mas nesse ponto eu concordo! Eis o texto:

Não entendo como alguém pode defender a igualdade de direitos e ao mesmo tempo defender as cotas. Eu sou contra as cotas e qualquer tipo de descriminação. Precisamos defender direitos iguais para todos. E acreditamos que podemos conquistar isso, a partir do momento que a gente se organize e lute por essa política.

Eu não concordo com a política de cotas, nem mesmo com a reforma ortográfica...rsrsrsrs. Defender as cotas é defender o que já existe, de maneiras diferenciada, em quase a metade das universidades no  Brasil hoje. Política de cotas não nos levará a uma outra sociedade, sem racismo, sem exploração, assim como dois erros nunca fizeram um acerto.

Se sua luta é contra o racismo e pela igualdade, você não pode defender a política de cotas nas universidades. Você deve defender a universalização do ensino, isto é, vagas para todos. Ou você acredita que dividindo essas poucas vagas que existem hoje nas públicas irá garantir que todos os negros que estão fora irão entrar? Claro que não, a única coisa que poderá fazer é dividir mais ainda os pobres e elevar um setor da população negra a ocupar um espaço na classe média. Não mais que isso.

Além do mais, as cotas racialistas podem permitir que um negro de alta renda tenha mais facilidade durante o vestibular que um branco que estudou numa pública sucateada. E adianto que também sou contra as cotas pra estudantes de escolas públicas. Conheço centenas de jovens que como eu são filhos de operários, moradores da periferia, etc e  que não estudaram em escolas públicas e não são negros. Que "cotas" que eles teriam?
O que a  gente precisa é unir todo mundo e lutar por direitos iguiais para todos, nos dirigindo aos governos e os enfrentando para que aplicarem o que está na constitução, que é o direito a educação para todos. Isto quer dizer levantarmos a bandeira por vagas para todos, universalização do ensino público da creche ao vestibular. (Aliás, da creche à pós-graduação, eliminando-se o vestibular).

Em tempo: ontem foi dia da "consciência negra", alguém podia me dizer quando que é o dia da "consciência branca"? É feriado também?

P.S - O parêntese contra o vestibular e o "em tempo", são de minha autoria.
P.S' - Havia vários erros de português no texto, os quais corrigi.

Pérolas do Enem

Na Jantinha??!?!?! Essa foi cruel....


Eu detesto rir de aluno. E acho que. às vezes, até quando erram são criativos.
Veja a pérola que um amigo mandou...



Queridos amigos,estudiosos da língua portuguesa  e fotógrafos de plantão......
Essa eu tinha que contar a vocês.


 

À pergunta “Qual a função do apóstrofo?”
 
- “
Pra quem não se lembra, apóstrofo é aquele "risquinho" que serve pra suprimir vogais entre duas palavras. Ex: caixa d'água”

E a resposta (imperdível) e vencedora, com direito a troféu e outros que tais:
 

 

Lula, o filme - o personagem - o cara!


Resenha publicada no "observatório da imprensa":

Obra contida
O filme de Fábio Barreto, estrelado por Rui Ricardo Diaz, Gloria e Cleo Pires, reproduz na tela grande o mito do herói. Da extrema penúria do sertão pernambucano à periferia do cais do porto de Santos, em viagem de 13 dias e 13 noites em um pau-de-arara, e dessa viagem o nascimento de emblemática liderança operária. A matriarca, dona Lindu, vivida por Glória Pires, pontua a trajetória. Mulher sofrida, abandonada pelo marido, cheia de filhos pequenos, estrangeira na cidade grande. Como viúva de marido vivo, Lindu protege Lula e seus irmãos do mundo e do pai sempre bêbado, o agressivo Aristides. Ela é a âncora, o chão emocional e a única personagem que infunde valores ao filho. É recorrente seu conselho ao filho prenhe de futuro glorioso: "Se você tem que fazer, vá e faça; e se não pode fazer, espere e depois faça"; e também o não menos incisivo chamado à perseverança usando o curioso verbo: "Teime, meu filho. Teime".
Dona Lindu é quem tece os fios do destino. A bem da verdade, o nome do filme deveria ser Lindu, a filha do Brasil.
Fiel ao livro de Denise Paraná, o filme assume cores do épico. Não temos aqui Moisés abrindo o Mar Vermelho nem Jivago, em meio à revolução bolchevique de 1917, vivendo tórrido romance com Lara. Mas temos um Zé Ninguém brotando como xique-xique no sertão nordestino e guiado pelo bordão popular do "deixe a vida me levar, vida leva eu".
Toda pobreza quando bem evocada no cinema já traz um que de trágico – e daí é um pulo para o épico. No caso desse filme não vemos pobreza, encontramos penúria. Os personagens parecem destituídos de tudo. Cada pequeno dia vivido é uma vitória. Se dona Lindu é a heroína, o pai Aristides é o vilão. Vilão agressivo quando presente. E não faltam situações a nos levar ao mundo das emoções mais sentidas: o frangote que se interpõe entre a mãe e o pai quando este ameaça surrá-la; o ainda imberbe adolescente Luiz Inácio recebendo o diploma de torneiro mecânico do Senac; o casamento e o sonho da casa própria; a morte do primeiro filho e da mulher durante o parto; o acidente na metalúrgica que lhe custou o dedo mindinho; a assembléia com milhares de operários lotando o estádio de Vila Euclides e na falta de microfone a forma encontrada para se passar à multidão seu discurso; a liberdade da prisão, por algumas horas, para ir ao cemitério se despedir da mãe.
Rui Ricardo Diaz, o ator que vive Lula dos 18 anos 35 anos, merece todos os aplausos. Sua performance é cativante e, o melhor, é crível. O diretor, se quisesse, poderia se desencaminhar para o estilo lacrimogêneo – afinal, a história de Lula é em si mesma um roteiro, onde não faltam emoção e lágrimas, muitas lágrimas. Mas Fábio Barreto optou por uma obra contida. E acertou em cheio. É que não existe um personagem a ser construído nas telas, e sim uma história a ser contada na tela.
Canção antiga
Outros presidentes populares do Brasil, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, também tiveram sua história levada às telas. Nos dois casos o aspecto político era predominante. E um detalhe: os filmes foram produzidos após a morte dos personagens-títulos. Ou seja, os arquivos estavam fechados. No caso de Lula, os arquivos estão abertos, muito abertos. Lula, o filho do Brasil está mais para Dois filhos de Francisco, a obra de Breno Silveira que relata a saga dos irmãos Zezé Di Camargo e Luciano, lançado em 2005.
Vale destacar que esta não é a primeira empreitada do cinema de levar Lula para as telas. Não. No entreato temos os peões. As greves e Lula movem o filme Peões, dirigido por Eduardo Coutinho e lançado em 2004. Os depoimentos sobre os movimentos grevistas e sobre as vidas dos operários que participaram deles foram tomados às vésperas da eleição presidencial de 2002; na sua maioria, eles declaram sua paixão por Lula.
Entreatos é Lula. O filme de João Moreira Salles, realizado em um período de 40 dias, principalmente entre o primeiro e o segundo turno das eleições presidenciais de 2002, acompanha o futuro presidente em suas viagens e reuniões de campanha. Se em Peões já se vê, através de imagens de arquivo, um Lula humano, perspicaz, intuitivo, em Entreatos isto é escancarado. Se em Peões temos um Lula sindicalista, combativo, em Entreatos, também lançado em 2004, o que surge é o político articulado e amadurecido.
Agora chega a cinebiografia de Fábio Barreto lançando luz sobre a vida de Lula e passando pela narrativa linear do nascimento, infância, adolescência, maturidade. Neste sentido podemos considerar os três filmes como momentos de uma mesma personagem, fictícia por englobar vidas diferentes, mas real ao tratar do tema. Em um primeiro ato tem-se o primitivo e alienado, que em um segundo momento se revolta, combate e que por fim articula e é capaz de influir no seu próprio destino.
Se todos estavam alegres, felizes na longa espera para o início da projeção, aos 20 minutos do filme já percebíamos ondas de emoção tomando o imenso salão. E não havia pieguice. O que emocionava não era apenas o alto poder de convencimento de Rui Ricardo como Lula nem de Glória Pires, como Lindu. O que emocionava era ver nas telas o Brasil profundo, aquele país que sofre, no mais das vezes, calado; aquele país que tem bem pouca semelhança com a penitenciária paulista do Carandiru e com o bairro carioca Cidade de Deus. Assistíamos naquele ambiente – que apenas a magia do cinema pode evocar – a vitória dos que já nasciam marcados para o fracasso e a celebração do improvável sobre o provável. E nada disso foi notícia nos jornais.
O filme que a grande imprensa repercutiu nas edições de quarta-feira (18/11) em nada lembrava o filme que assisti no lotado Teatro Nacional de Brasília. Aqueles anos 1960 e 70 foram tão bem evocados que, de repente, me vi cantarolando o antigo sucesso do Moacir Franco:
"Sua ilusão entra em campo no estádio vazio,
Uma torcida de sonhos aplaude talvez
O velho atleta recorda as jogadas felizes,
Mata a saudade no peito driblando a emoção."

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Brasileirão


O Flamengo vai rumo ao título, contando com os tropeços dos adversários e ajuda dos cariocas. Ontem o Palmeiras perdeu mais uma, Grêmio 2x0 Palmeiras, com direito a pancadaria entre seus jogadores, e passa agora a lutar para se manter no G-4.
O mengão conta agora com a derrota do São Paulo no próximo jogo contra o Botafogo para chegar à liderança. Vamos lotar o Engenhão.
O Fluminense também vai rumo ao título, só que da Sulamericana, passou ontem pelos paraguaios e tudo indica que no brasileiro vai escapar da segundona.
Com isso o futebol carioca mostra sua força.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Papo de bar - Editorial

Saudações, leitores!

Hoje estava eu vindo da faculdade em um ônibus refrigerado doido de vontade de mijar. Saltei do dito cujo e corri para o primeiro banheiro que pude entrar. Como tudo hoje é difícil, até encontrar um banheiro de botequim para tira água do joelho, tive que correr até o supermercado do bairro e dar aquela aliviada no banheiro do estabelecimento que, diga-se de passagem, não perde em nada para os mictórios dos pés sujos mais movimentados.
Bem, depois de aliviar a bexiga e sacudir o bilau (e lavar a mão, é claro), saí do banheiro e já estava me dirigindo para o meu doce lar quando vi os meus amigos A.E e M.I no caixa do supermercado.
Foi aquela alegria, digna de comemoração!
Fomos ao primeiro cospe-grosso que encontramos e pedimos uma gelada.
Papo vai, papo vem...
Malhamos Deus e o mundo!
Começamos pela mocréia da Uniban que virou celebridade, passamos pelo mala do Caetano Veloso, execramos a Rede Globo, a Globo Filmes, e os demais judas de plantão.
Nisso tivemos a idéia - aliás quem teve foram os meus dois amigos! - de construir um blog onde pudéssemos compartilhar com vocês todas as nossas opniões sobre a canalhice que impera no país. Prometemos não deixar pedra sobre pedra!
Então, se divirtam ou se irritem, fiquem à vontade.