segunda-feira, 31 de maio de 2010

Jabor: A patologia de um fantoche

Reproduzo o corajoso artigo de Marco Antonio Araújo, do blog “O Provocador”:

O ex-cineasta Arnaldo Jabor sempre aparece na calada da noite para assustar crianças e democratas com seus olhos e raciocínios esbugalhados. Medo.

Mais feio é o que ele escreve. Ao observar a patologia de suas dejeções literárias, ficam evidentes o oportunismo e a escatologia ideológica desse cidadão.

Do alto de seu ego, em vez de pular e suicidar-se, investe numa retórica de inegável pobreza estilística. Sua literatura arrogante é indigna de reacionários limpinhos como Nelson Rodrigues ou alucinados geniais como Glauber Rocha.

Sem pudor, o Arnaldo limpa os pés nos capachos dos palácios e outorga-se lucidez num país de dementes. Joga suas fichas ensebadas na provocação barata, na autopromoção compulsiva, no servilismo explícito.

Ele sempre encontra um jeito de puxar o saco dos barões e baronetes. FHC, Collor, Serra, Bush, Reagan. Até PC Farias esse homem defendeu. Menos o Lula, parabéns.

Arnaldo somatiza a doença da adesão incondicional ao poder econômico. Em seu maniqueísmo, que alterna forças das trevas e anjos neoliberais, o que não for tucano é lixo, espantalho, judas.

Uiva delírios paranóicos e destila rancor contra quem tenha um projeto para o Brasil diferente do genocídio promovido pelas elites brancas.

Faz de conta que seus aliados não são o que o Brasil formou de mais perverso, arcaico e malévolo nas últimas décadas.

Mártir de si mesmo, Arnaldo morre de medo de perder o emprego que lhe restou. Não há por que se preocupar. Sempre haverá espaço para os escribas do templo que exalem elogios subalternos e lambam as feridas que o poder produz.

PS: Se alguém achou esse post pesado, grosseiro ou sem noção, um conselho: imagine o Jabor lendo isto na TV. No fundo, no fundo, estou prestando uma homenagem.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Líder católico diz que mulher deveria morrer com seu feto

O padre da Igreja Católica e diretor de ética médica da Diocese de Phoenix, John Ehrich, fez uma afirmação que já levantou muita polêmica nos Estados Unidos. Ao falar sobre o caso de uma mulher que teve o aborto autorizado pela freira Mary Margaret McBride, o líder católico disse que a atitude da Irmã deveria ter sido outra: deixar a mulher morrer junto com o feto. Sem considerar que a mãe de quatro filhos morreria se o aborto não fosse realizado, o Reverendo foi além: excomungou a freira.

O caso está tendo ampla repercussão nos Estados Unidos e dividindo opiniões em relação ao aborto. Parte da população aponta que a diocese de Phoenix interpretou mal as diretrizes católicas, que permitiria o aborto caso a vida de uma mulher estivesse em perigo. Outros comentaram que se a mulher tivesse morrido, não só o bebê não teria sobrevivido, mas quatro crianças estariam sem mãe. Há também quem tenha relembrado que a rapidez em excomungar a freira não se assemelhou nem um pouco à falta de atitude da Igreja em relação aos padres pedófilos descobertos nos últimos meses.

Fonte: http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=75136&edt=1

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Aula de Português


Filho da puta é adjunto adnominal (ou paronomástico), se for “conheci um juiz filho da puta”.

Se for "o juiz é um filho da puta", daí é predicativo.
.Agora, se for "esse filho da puta é um juiz", daí é sujeito.
.Porém, se o cara aponta uma arma para a testa do juiz e diz:
"Agora nega a liminar, filho da puta!" - daí é vocativo.
.Finalmente, se for: "O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, aquele filho da puta, desviou o dinheiro da obra pública tal" - daí é aposto.
.Que língua, a nossa, não?


Dúvidas e comentários:


Vem cá, e se mandar o juiz filha da puta tomar no cu?

Apesar dos palavrões, a única coisa obscena e ofensiva aos leitores na postagem é a imagem.

O texto tem um falha. e abre uma brecha para o autor e o divulgador seja processado.
Mas como O presidente do STF sabe que ele mesmo nao é um filho da puta, ele não fará nada.
mas se ele tivesse desviado algum na construção de algum tribunal já não sei. Vai que ele interpretou mal a ambigüidade do texto.

Nunca foi tão fácil aprender português!

O cara da foto não é juiz, ele "está" juiz. Não passa de um bate-pau do FHC, bomba de efeito retardado que o Boca-de-Sovaco deixou lá pra nos atazanar por muitos "hânus".

E se substituirmos a palavra "juiz", em todos os exemplos, por "bandeirinha" - a regra continua valendo?

Esse é o tal do juiz que todos consideramos indigno de ser chamado de juiz! É mais correto chamá-lo de facilitador, este é o adjetivo que cai muito bem nesse fulano, O facilitador, o que permite facilidades.

Por gentileza pegue mais leve, assim você foi extremamente grosseiro com as putas!

Na minha terra diriam: nada de vocativo, predicativo, substantivo, adjunto adnominal. O cara é filho da puta, e ponto!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Segurando a onda...

2010 entrou meio devagar para os três nobres bebuns. Quase não se encontram...
Bem, pelo menos eu - quase não encontro meu nobres colegas!
A últma vez que vi um deles (não direi-vos quem!), o pobre estava tendo sérias desavenças com sua companheira por incompatibilidade alcólica.
De minha parte, passei a escolher mais rigorosamente o que ingiro liquidamente - estou na fase de cuidados com o corpo e a mente!!!
Além do mais, o serviço de internet no Brasil é caro e ineficiente. Por isso, estou evitando downloads...
E me guardando para quando o carnaval passar...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Bozo Casoy



Na manhã desta 2ª feira (4), as dezenas de postagens no YouTube referentes aos comentários que o apresentador Boris Casoy inadvertidamente fez sobre os garis no Jornal da Band já haviam sido vistas quase 1,2 milhão de vezes.

A mais assistida estava na casa de 850 mil hits.

Se alguém ainda não sabe, o noticioso levou ao ar saudações de Ano Novo de dois simpáticos garis: um senhor branco com cabelos já grisalhos e um negro na faixa de 40 anos. Causaram ótima impressão, com seu ar digno e uma alegria que não parecia forçada.

Depois, enquanto eram exibidas vinhetas, ouviu-se a voz de Casoy no fundo, comentando com a equipe:
"Que merda! Dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras... dois lixeiros... o mais baixo da escala de trabalho!"
No dia seguinte Casoy pediu "profundas desculpas aos garis e aos telespetadores da Band" pelo que escutaram em razão de um "vazamento de audio" (na verdade, só ouviram isso porque ele disse...).

Fê-lo, entretanto, de maneira burocrática e pouco convincente, não aparentando estar nem um pouco arrependido do desprezo aristocrático que manifestou pelos trabalhadores humildes. As postagens relativas no YouTube não somavam hoje nem 100 mil exibições.

Lembrei-me da rainha Maria Antonieta recomendando aos pobres que, se não tinham pães, que comessem bolos. Perdeu a cabeça. Casoy teve mais sorte, só quebrou a cara...

Fiquei matutando sobre o destino e seus contrapesos. Às vezes a mesma pessoa é brindada com a sorte grande num momento e tira o azar grande adiante. Ou vice-versa.

Casoy é elitista, racista, conservador e reacionário desde muito cedo.

Um velho companheiro que com ele cursou Direito no Mackenzie me contou: aos 23 anos, Casoy era um dos líderes da ala jovem do Comando de Caça aos Comunistas, que tinha nessa faculdade um de seus focos principais.

Mais: nos idos de 1964, Casoy chegou a ser citado em reportagem da revista Cruzeiro como membro destacado da juventude anticomunista.

A quartelada o beneficiou, claro: foi homem de imprensa de um ministro do Governo Médici e do secretário da Agricultura de SP, Herbert Levy, outra figurinha carimbada da direita.

Mas, nem tinha texto de qualidade superior, nem era uma figura agradável na telinha, portanto estava direcionado para uma carreira mediana no jornalismo, não fosse uma moeda que caiu em pé.

Isto aconteceu quando o comando do II Exército aproveitou uma frase imprudente do cronista Lourenço Diaféria (sobre mendigos urinarem na estátua de Caxias) para intervir na Folha de S. Paulo.

Os militares exigiram a destituição do diretor de redação Cláudio Abramo (trotskista histórico), o afastamento de alguns profissionais (demitidos ou realocados) e o abrandamento da linha editorial.

O proprietário Otávio Frias, que sempre se definiu como comerciante e não jornalista, negociou. Servil, aceitou até substituir Abramo por um homem de absoluta confiança do regime militar: Casoy, que editava o Painel (coluna sobre os bastidores políticos), então um espaço dos mais secundários no jornal.

Igualmente secundário era Casoy para os leitores da Folha e para os próprios militantes/simpatizantes da esquerda. Suas posições fascistóides eram ignoradas pela maioria.

Aí, como diretor de redação, calhou de ser ele o principal defensor do jornal num episódio de reação à censura.

Ou seja, sob palco iluminado, o lobo teve seu momento de cordeiro, o caçador de comunistas maquilou sua imagem para a de defensor da liberdade de expressão!

Sua carreira deslanchou. Depois de comandar a redação da Folha por sete anos (saiu para dar lugar ao filhinho do patrão), voltou a editar a coluna Painel, cuja importância crescera nesse interim.

Finalmente, tornou-se conhecido pelo grande público como apresentador do telejornal Brasil do SBT, entre 1988 e 1997.

Novamente os fados o bafejaram. Numa emissora que investia pouco em jornalismo e não tinha reportagens para mostrar que, quantitativa e qualitativamente, chegassem nem perto das exibidas pela Rede Globo, o jeito foi deixar crescer o espaço do apresentador.

Casoy pôde, assim, atuar como um âncora à moda dos EUA, fazendo comentários catárticos sobre episódios de corrupção política (principalmente) que eram concluídos com um ou outro de seus bordões habituais: "Isto é uma vergonha!" é "É preciso passar o Brasil a limpo!".

Ou seja, para telespectadores da classe "C" e "D", ele passou a personificar o justiceiro que atirava a verdade na cara dos poderosos.

É um público que, em sua ingenuidade, valoriza desmesuradamente essa justiça retórica e ilusória, sem perceber que, depois do desabafo, continua tudo na mesma...

Assim, por novo golpe do destino, um comunicador azedo conquistou a simpatia dos pobres e dos muito pobres, ao expressar seu inconformismo impotente face às agruras que os atingem e eles são incapazes de compreender em toda sua extensão.

É fácil canalizar seu justo ressentimento contra os políticos desonestos. Tanto quanto é conveniente, para os poderosos, mantê-los na ignorância de que o maior vilão em suas sofridas existências atende pelo nome de capitalismo.

Servindo tão bem os interesses do sistema, Casoy atravessou as duas últimas décadas como um aclamado populista televisivo de direita.

Só teve alguns percalços ao exagerar na dose contra o Governo Lula, mas seus pés de barro continuaram, tanto quanto possível, ignorados pelo grande público.

Agora, um acaso revelou ao Brasil inteiro que indivíduo insensível e preconceituoso é, na verdade, Boris Casoy.

Alguns viram este episódio como um exemplo da justiça divina em ação. Quem sabe?
Postado por Celso Lungaretti


Nada de novo no Reino da Dinamarca ou...

o blog do eu sozinho.

Entra ano sai ano, a mesma coisa! O brilho da festa mercantilista do Natal/Ano Novo é ofuscado pelas tragédias ocasionadas pelas tempestades do Verão...
Em meio ao pipocar dos fogos de Copacabana barracos e mansões deslizam por morro abaixo!
Mas, fazer o que? A Natureza busca manter o equilíbrio que o Homem insiste em alterar. Sabemos que não podemos construir nas encostas e continuamos a construir (quando não sabemos, ninguém vem nos avisar que não podemos). Não queremos construir nas encostas, no entanto, ninguém nos oferece alternativas para morarmos em lugar seguro.
Temos técnicos das mais variadas especialidades que poderiam implementar um planejamento urbano adequado, mas interesses políticos, econômicos e pragmáticos impedem esses planejamentos...
Enfim, a gente tem juízo mas não usa!
Enquanto isso, meus companheiros de blog (os outros dois patetas) continuam em silêncio e deixando eu discurssar sozinho!!!